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segunda-feira, 7 de maio de 2012

AUDL: Parece, mas não é!

Neste ano inciou-se nos Estados Unidos a AUDL (American Ultimate Disc League), uma liga profissional de jogadores que recebem dos seus times para treinar e jogar, tem jogos com público pagante e é atrativo para transmissão televisiva.

Uma liga de Ultimate! Profissional! Que maravilha! Mais ou menos... Para atingir a atenção e ficar, digamos, passível de profissionalismo, houveram algumas adaptações das regras do Ultimate como alteração na medida do campo, contagem do tempo, mas principalmente, a utilização de JUIZES!

A primeira regra do Ultimate traz claramente que é um jogo "self-refereed" (auto arbitragem), onde cada um é o árbitro, que busca em cada jogador a decência e responsabilidade de fazer um jogo correto. Esta é a essência do que chamamos de Ultimate e se um esporte com disco pretende usar este nome, não pode deixar de considerar isso.

A proposta da AUDL é extremamente válida e deve divulgar muito os esportes com disco, contudo, embora seja muito parecido, o esporte da AUDL não é o Ulimate.

5 comentários:

  1. Eu concordo que a filosofia do esporte é cada jogador ser o arbitro...
    Mas sinceramente...... cada arbitro enxerga um lance de uma forma e visao diferente..... É subjetivo.... no futebol, voley, basquete, qualquer esporte que seja, os lances julgados pelos arbitros as vezes sao julgados de forma DIFERENTE por DIFERENTES ARBITROS......e isso estamos falando DO MESMO LANCE....
    Agora.... vamos trazer isso pra realidade do frisbee!!!!!
    Temos pessoas EXTREMAMENTE COMPETITIVAS (as vezes) disputando um campeonato, AONDE ELES RECEBEM POR ISSO (nesse caso), podendo inclusive ter PREMIAÇÕES por conquistas (nesse caso) e ele tem de julgar se o ato dele foi certo ou errado, ou se foi falta ou nao, ou se foi dentro ou fora......
    Acho que ja ficou explicito aqui que NINGUEM ASSUMIRIA NADA QUE PREJUDICASSE O TIME OU A ELE MESMO!!!
    Isso ja ocorre sem receber nada por isso.... magina recebendo.....
    AO MEU VER TEM QUE TER JUIZ SIM!!!

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  2. Se um jogador não consegue assumir um erro ou pelo menos se sentir mal em ter feito isso ele não deve jogar Ultimate.

    Eu já e vi vários exemplos de jogadores assumirem que fizeram algo que prejudicasse seu time em lances decisivos, inclusive, eu já FIZ isso.

    É fácil ter um juiz que decide o que está certo e errado, isso tira minha responsabilidade, isso me permite ir contra as regras, porque se eu fiz errado e o juiz não viu, tudo certo. Mas se o juiz sou eu, não tem como eu não ver, tem como eu ser canalha, isso sim. Um juiz em campo vai impedir o cara que "se sacaneia" de sacanear o juiz? Não mesmo.

    Com relação a ver o mesmo lance de forma diferente, isso também é plenamente normal, e mais um motivo para não ter um juiz. Porque o juiz estaria certo? Não é melhor voltar o lance se cada jogador teve uma visão diferente do que aconteceu?

    Um jogador de Ultimate é aquele que sabe da sua responsabilidade em campo, que tem coragem de assumi-la e confia que o que é certo é certo. Para isso não precisa-se de juiz. Se não for isso, não é Ultimate.

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  3. Concordo em genero e numero. Quando tem juiz começa a aparecer as malandragens. isso não é bom para o esporte.

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  4. Penso que a modalidade fair play nunca vai ser abandonada do Ultimate, mas temos que pensar que a profissionalização exige determinadas regras e direções.
    Podem me falar o que quiser, mas em uma final de 100 jogadores, 1 será o cara que terá cabeça e não se beneficiará das jogadas ou das chamadas ruins (bad calls).

    Ao mesmo tempo pensamos que um juiz estraga o fair play, mas não olhamos o outro lado que ele elimina os “bad calls”. Na minha opinião é a evolução natural do esporte, é a evolução natural de um esporte que quer se tornar grande e sair dos seus torneios pequenos, feitos por 3500, 5000 jogadores no máximo, em um mundial.

    E afinal de contas algumas regras ficaram ótimas, como por exemplo:
    1. A Contagem até 7, isso permite o jogo ser mais rápido.
    2. O famoso TRAVEL VIOLATION agora é perda da posse do disco
    3. Substituição no timeout
    4. Quando o TRAVEL acontece ao pegar o disco, o mesmo volta 5 metros da pegada inicial do disco.
    5. Acrescenta-se 5 minutos no final do Jogo e é sorteado quem faz o ataque.
    6. Teremos morte súbita a parte de agora, quando o jogo permanecer empatado no acréscimo de 5 minutos.

    Além dessas coisas que deixam o esporte mais emocionante, agora teremos a possibilidade de assistir jogos de nível pela televisão, e ver que os jogadores iram se preocupar em jogar e os juízes irão fazer a parte deles.

    Gosto muito disso e como sempre digo, ESPIRITO DE JOGO não é ser bonzinho, ser legal, entregar o disco, esperar o companheiro pegar o disco e outras coisa. Ter espirito de jogo, é fazer um jogo leal, baseado nas regras e tirar o melhor proveito disso para que o time possa ser campeão.

    Abraços

    Regas AUDL: http://www.theaudl.com/index.php?option=com_content&view=article&id=73&Itemid=68

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  5. Concordo com o post. Em meu ponto de vista, o fato de haver um juiz faz com que os jogadores comecem a dar uma de malandros, afinal a responsabilidade sai dos ombros dele e cai sobre a figura do árbitro. E isso irá se refletir, se não em curto, mas em médio prazo, na transformação do Ultimate Frisbee em um esporte como o futebol ou o basquete.
    Um exemplo: hoje, os jogadores não vão impedir os adversários de correr ou coisa assim, pois sabem que isso é parte de suas responsabilidades. Mas se houver um juiz, porque não puxar a camisa? Se o árbitro viu, vem a punição de voltar 5 metros, ou qualquer que seja a punição. Se não viu, o time desse jogador se deu bem e conseguiu uma vantagem ilícita.
    Tudo que eu menos quero nesse esporte é que ele se aproxime do futebol. Acho que, se quisermos auxílio de fora, que coloquemos observadores que podem ser ativados X vezes pelos times durante o jogo (algo como os tira-teimas do tênis). Assim se tivermos uma grande dúvida, os observadores podem ajudar. E para isso não virar várzea, os times terão de pensar duas vezes ao chamá-los, já que possuem um limite de chamadas.
    Bom, é isso aí.. Acho que o simples fato do Ultimate não ter árbitro ajuda na formação de pessoas mais íntegras (principalmente quando elas crescem com esse esporte nas escolas). E colocar isso é desperdiçar todo esse potencial.
    Beijos!

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